Seca já atinge 5 das 10 maiores regiões metropolitanas
do país
Terça-feira, 27 de Janeiro de 2015
SP,
Campinas e Recife têm áreas com falta de água; em MG e Rio, nível de represas é
crítico
Racionamento,
problemas de abastecimento ou reservatórios em níveis de alerta já são
realidade em cinco das dez maiores regiões metropolitanas do país: as de Belo
Horizonte, Campinas, Recife, Rio e São Paulo.
Juntas,
elas abrigam 48 milhões de pessoas, quase um quarto da população do país.
Na Grande
São Paulo, os principais reservatórios se esgotarão em cerca de cinco meses
caso seja mantido o ritmo de chuvas e consumo das primeiras três semanas do
ano.
Diante da
situação, o Estado instituiu uma sobretaxa sobre o aumento de consumo, e o
presidente da Sabesp, Jerson Kelman, admitiu a possibilidade de racionamento
"se continuar a não chover nos lugares certos e nas quantidades
necessárias".
Na região
de Campinas (interior de SP), cinco municípios já fazem racionamento e outros
enfrentam cortes de água frequentes desde 2014.
A
situação deve se agravar. Nesta semana, a vazão dos reservatórios do sistema
Cantareira para a região foi ainda mais reduzida. Empresas de saneamento,
indústrias e agricultores terão de reduzir a captação de 20% a 30% quando a
vazão dos rios cair.
Em
Pernambuco, segundo o governo do Estado, 40% da região metropolitana do Recife
enfrenta rodízio no abastecimento de água, incluindo cidades como Olinda, a
menos de um mês do Carnaval.
No Rio, o
principal reservatório atingiu pela primeira vez o volume morto.
Cidades
do interior, por enquanto, são as mais afetadas pela seca, mas já há relatos de
problemas na capital fluminense e em municípios na região metropolitana.
Em
bairros como Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste carioca,
tem havido falta de água pontual, e alguns hotéis e condomínios já contratam
caminhões-pipa.
A Cedae,
a companhia de águas e esgoto do Rio, afirma que nenhum dos bairros da capital
tem registrado problemas de abastecimento.
Na
Baixada Fluminense, moradores relatam que a frequência com que falta água na
região aumentou nos últimos meses do ano passado.
Minas
também enfrenta problemas, com reservatórios em nível crítico.
Nesta
semana, a companhia de saneamento do Estado pediu economia à população e
anunciou que será preciso reduzir o consumo em 30% na região metropolitana para
que as torneiras não sequem em quatro meses. Não está descartada sobretaxa
sobre aumento de consumo.
Fonte: Agência Folha