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EM DEBATE NA TV: CÁSSIO ACUSA IRMÃO DE RICARDO, E ELE REBATE



Cássio denuncia escândalo de propina envolvendo irmão do governador; Ricardo rebate

Quarta, 01 de Outubro de 2014 
 
Governador nega, mas candidato Tucano diz existir inquérito em curso


O candidato ao Governo pelo PSDB, senador Cássio Cunha Lima, denunciou nesta terça-feira em debate na Rede Paraiba de Televisão a existência, com documentos, de inquérito no Ministério Público do Estado sobre esquema de propina envolvendo o irmão do candidato ao Governo, Coriolano Coutinho, e auxiliares de Governo em processo que, conforme o tucano, sumiu e teve pressão do Governo. Ricardo Coutinho negou e disse que foi ele quem mandou em oficio o Ministério Público apurar.

Na réplica, o candidato do PSDB disse não ser esta a realidade em curso porque lembrou estar em vigência ação do Forum dos Servidores do Estado da Paraíba pedindo a imediata ação do MPE para investigar mais a fundo e se pronunciar sobre o que considerou “graves denúncias”.

O candidato à reeleição respondeu dizendo que esta prática de denúncia era comum na história do adversário do PSDB por conta de envelopes amarelos. “Mas não vou descer a esse mar de lama”, declarou o candidato do PSB sem responder minuciosamente sobre a denúncia de envolvimento do irmão do candidato.

No debate, em nenhum momento o candidato à reeleição se portou ao seu irmão ou ao Secretário de Segurança Pública no estado.

NO PARALELO–Nesta noite, contudo, começou a ser divulgado na Internet um vídeo em que aparece momentos do inquérito e um volume de dinheiro atribuído aos envolvidos no processo.

Veja os principais trechos do debate
Um dos debates entre os candidatos ao Governo do Estado mais esperados pela população paraibana ocorreu, na noite desta terça-feira (1). A TV Cabo Branco reuniu cinco dos seis aspirantes ao Palácio da Redenção, cujos partidos tenham representação parlamentar no Congresso Nacional. A única ausência foi de Antônio Radical, do PSTU.

O programa iniciou já com perguntas e respostas entre os candidatos. O primeiro a participar foi o governador Ricardo Coutinho (PSB), candidato à reeleição, que questionou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) sobre quais teriam sido as obras de mobilidade urbana executadas na Região Metropolitana de João Pessoa, na época em que o tucano administrou o Estado.

Na resposta, Cássio enfatizou que assumiu um governo endividado, em 2003, mas que conseguiu “arrumar a casa” e dá sequência as obras de duplicação da BR-230, no sentido João Pessoa a Campina Grande e assegurou que, se eleito, concluir a obra até Cajazeiras.
“Como vocês viram, o candidato governou por sete anos e não conseguiu executar uma única obra”, disse Ricardo Coutinho na réplica. Ele citou várias estradas executadas em sua gestão. “A política é a arte das comparações e nós temos serviço prestado a este Estado”, emendou.

“Ricardo tem a mania de achar que descobriu a Paraíba, hoje as obras que ele tanto propaga, a exemplo do viaduto do Geisel, são obras paradas. Deixamos recursos e projetos em nosso Governo para ele apenas executar, mas ele não reconhece”, enfatizou Cássio na tréplica.
Na sequência, Cássio afirmou que a atual gestão do Governo da Paraíba não cumpriu as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), fechou várias escolas e desrespeitou a autonomia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Ao final da fala, questionou as propostas do candidato Vital do Rêgo (PMDB) na área da Educação.

Em resposta, Vital questionando as divergências evidentes entre os candidatos Cássio e Vital. “Vocês parece que se conheceram agora, mas estiveram juntos nos últimos três anos”, disse. O peemedebista ainda prometeu implantar escolas integrais, respeitar o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) do magistério e a autonomia da UEPB. “A autonomia da nossa UEPB que foi violentada no atual governo será respeitada”, comentou.

Em seguida, Vital afirmou que os índices de homicídios e assaltos cresceram na Paraíba e questionou Major Fábio sobre a sua política de segurança pública. “Estou aqui para discutir a segurança pública, vamos reforçar o policiamento nas divisas, valorizar os servidores proporcionando dignidade salarial ao policial, comprando scanners para ajudar a combater o tráfico de drogas”, disse o Major, que complementou: “Eu tenho 21 anos de Polícia Militar, não sou político de profissão, por isso sei fazer e vou acabar com a insegurança que assola este Estado”.

Na sua vez de perguntar, Major Fábio questionou Tárcio Teixeira sobre a “disputa internar” e troca de acusações entre Ricardo e Cássio no início do debate e perguntou sobre ao candidato do Psol qual seria a sua política de mobilidade urbana para a Paraíba. “É preciso investir mais na valorização do transporte público, com boa qualidade e preço baixo nas passagens. 

Valorizaremos a mobilidade humana, pensando nas pessoas, pensando no trabalhador e não nos donos de empresas”, disse.

Tárcio Teixeira questionou, na sequência, porque o governador Ricardo Coutinho desrespeita as leis e decisões na Justiça favoráveis aos servidores. “Ricardo, porque você tem tanta raiva do servidor?”, questionou.

“Tárcio, eu acho que você está completamente equivocado. O Poder Judiciário têm diversas instâncias e nós estamos em um Estado Democrático de Direito e vamos recorrer [Da decisão favorável aos servidores do Ipep]. (...) Alguns se escondem para beneficiar amigos e eu quebrei isso. Eu vim para governar para as pessoas e não tenho ódio de servidor público, pois, eu sou servidor público”, respondeu Ricardo Coutinho.

Na réplica, Tárcio Teixeira afirmou que o “desrespeito ao servidor” é a marca do governo Ricardo Coutinho e que ele não respeita os pleitos das 38 entidades que compõem o Fórum dos Servidores Públicos e Civis da Paraíba.

Na tréplica, Ricardo disse que Tárcio estava novamente equivocado e afirmou que foi o governador que mais contratou concursados, que criou o restaurante
do servidor, a data-base e que valorizou o funcionalismo.


No segundo bloco, Ricardo Coutinho afirmou que destinou mais de um bilhão de reais na construção de adutoras, cisternas, entre outros sistemas de abastecimento d’água e ações de combate a seca. O socialista questionou Cássio porque ele não investiu nenhum centavo na Secretaria de Estado de Recursos Hídricos nos anos de 2006, 2007 e 2008.

“Todas as obras executadas na área hídrica por Ricardo foram asseguradas por meu governo, a exemplo de adutoras e várias estradas, perfuração de poços, cisternas, barragens subterrâneas e, se eleito, vamos preparar a Paraíba para receber as águas da transposição”, disse, e complementou: “Ricardo inventa números e não cita fontes”.

Tárcio Teixeira questionou Cássio sobre a política de servidor, alegou que ele congelou gratificações e fez empréstimo para pagar o 13º salário do servidor. Queria saber se iria pagar o atrasado do Ipep.

“O empréstimo foi devido a herança de outros governos, o servidor público não pagou os juros, o Estado pagou, essa foi a Paraíba que encontrei, não foi o Estado que entreguei”, respondeu Cássio.

“Tárcio, ele não tem culpa de nada e em 2006 foi financiado por bancos”, replicou o candidato do PSOL, que ainda lembrou que Ricardo Coutinho concedeu “anistia fiscal” a empresa que, no dia seguinte lhe fez doação de campanha.
 


Da Redação
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