Mulher
é estrangulada pelo marido durante visita íntima em presídio
Sexta, 26 de Setembro de 2014
Uma
mulher morreu após ser estrangulada pelo marido durante uma visita íntima no
CDP (Centro de Detenção Provisória) de Ribeirão Preto, no interior de São
Paulo, onde ele estava preso. O crime só foi descoberto depois que o preso
chamou os agentes para contar o que havia feito
Amanda
Rigueiro e Adalto Marcelino estavam juntos há dez anos. O casal brigava muito.
Segundo familiares da vítima, o ciúme possessivo de Marcelino é o motivo do
crime. A mãe de Amanda conta que a filha sempre reclamava do marido dizendo que
ele estava cada vez pior. A jovem procurava usar roupas fechadas com medo de
que alguém visse e contasse ao marido.
De acordo com a família, Amanda não podia fazer nada. Durante as
visitas ao CDP, as brigas eram frequentes. Marcelino está preso desde dezembro
de 2013 por roubo. Ele tempassagens pela
polícia por receptação e formação de quadrilha. No início, a prisão não o
incomodava muito, mas, com o tempo, a possessividade aumentou.
Amanda visitava o marido quase todos os fins de semana no
presídio. Como a prisão não tem um local reservado para visitas íntimas, os encontros ocorrem
dentro das celas. Os próprios presos que arrumam a cama , pendurando um lençol. A jovem foi
estrangulada até a morte em cima de um leito
Marcelino foi retirado da cela em uma maca. Depois do crime, ele
passou mal com suspeita de overdose de cocaína. O crime foi descoberto cerca de
duas horas depois, quando o próprio preso chamou os agentes para contar o que
havia acontecido. Nem os outros detentos que estavam no pavilhão sabiam da
morte. Após prestar depoimento, ele foi encaminhado para o castigo
Mesmo com as brigas
constantes, Marcelino sempre dava a esperança de que iria mudar, como em uma
carta escrita por ele:
—
Amanda, me desculpe pelas coisas que falei. Eu não estou muito bem com tudo que
está acontecendo.
A
mesma carta que pede perdão pode ser uma pista de que o crime foi premeditado.
Ele chamou Amanda para a visita no domingo
—
Nesse domingo, eu quero ver você sorrindo, não quero saber das coisas tristes.
Me desculpe. Eu tenho uma surpresa para te falar. Você vai ficar muito feliz
com isso.
Depois de prestar depoimento, Marcelino foi para o castigo da
penitenciária. Ainda nessa semana, ele irá para o Presídio de Presidente
Venceslau. Em 30 dias, a Justiça deve decidir se ele cumprirá o regime diferenciado
ou voltará para um presídio da região.
R7